Ao longo das últimas semanas, surgiram vários relatos de pessoas sobre uma cegueira temporária causada após o uso de uma pomada para tranças. Trata-se da Ômegafix, produto fabricado pela Cape Indústria de Cosméticos Ltda., que foi proibida de comercialização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 23/03.

Segundo a Anvisa, a proibição e recolhimento da pomada para tranças veio porque o produto era comercializado sem o devido registro na autarquia e, sem o registro, não é possível "aferir a segurança de uso da pomada".
O caso ganhou repercussão depois que muitos usuários da marca passaram a alegar queimadura nas córneas após o produto entrar em contato com os olhos.

Primeiros relatos:
O primeiro relato de cegueira temporária causada pela pomada para tranças surgiu através das redes sociais. No Twitter, uma usuária - cuja conta foi excluída após a viralização do assunto - relatou que sua sogra ficou sem enxergar por vários dias depois de utilizar a pomada para fixar as tranças. O incidente ocorreu pois, após fazer tranças no estilo box braid, a mulher tomou banho de piscina.

Quando a água entrou em contato com as tranças e, consequentemente, com os olhos da mulher, a substância causou uma reação que, de início, era um esbranquiçamento. Mas depois, a situação foi evoluindo até que se tornasse uma cegueira temporária. Ao todo, a usuária relatou que sua sogra ficou cerca de 4 dias sem enxergar.

Assim que o relato viralizou no Twitter, outros usuários passaram a relatar uma situação semelhante de vítimas, incluindo crianças. Na maioria dos casos, o que ocorreu foi uma ceratite química superficial, ou seja, impactou apenas na superfície da córnea. No entanto, em casos mais graves, esse problema pode levar à cegueira permanente.

A pomada para tranças ainda está em processo de investigação para entender o que motivou os casos de queimadura de córnease cegueira temporária. Então, se você ainda tiver alguma embalagem dos produtos ômegafix, o ideal neste momento é descartar.